11/07/2008

Debate acerca do Ensino de Português na Guiné-Bissau II

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No segundo dia de debate sobre o ensino do português na Guiné-Bissau (que decorreu de 4 a 6 de Novembro, no Centro Cultural Brasil/Guiné-Bissau), pudemos assistir à apresentação das experiências de literacia em contextos linguisticamente complexos no Brasil:
a) em primeiro lugar o português foi apresentado como segunda língua (dado existirem cerca de 245 línguas nacionais no Brasil), apostando-se na formação de professores em contexto plurilingue, na escolarização bilingue português-outras línguas e na educação bilingue de fronteira (português-espanhol);
b)em segundo lugar foi apresentado o português como primeira língua, destacando-se aqui a questão da norma como emergência das práticas e usos linguísticos de uma sociedade;
c) finalmente, abordou-se a o português como língua estrangeira, referindo-se o certificado de proficiência em língua portuguesa para estrangeiros - CELPE-BRAS.
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Tal como as experiências ouvidas no primeiro dia de trabalhos, esta apresentação serviu também como ponto de reflexão sobre a educação e o ensino de português na Guiné-Bissau.
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No terceiro dia, e depois das experiências relatadas pelas entidades presentes nos dois primeiros dias de trabalho, foi possível sintetizar os aspectos diagnosticados no workshop como possíveis itens a abordar num próximo encontro nacional / internacional de professores na Guiné-Bissau:
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- O ensino da língua portuguesa em contextos multilinguísticos - experiências da CPLP;
- Mutilinguísmo: diagnóstico da situação sociolonguística da Guiné, incidindo especialmente em crianças em idade escolar (das diversas regiões);
- Metodologias de ensino em situações de multilinguísmo: modelos, experiências e resultados no ensino de uma língua (língua materna, segunda ou estrangeira);
- A questão das normas da língua portuguesa. Norma portuguesa ou norma brasileira? Existe ou deveria existir uma norma do português da Guiné-Bissau? Qual é o papel do professor de português nesta questão? Como desenvolver um programe de pesquisa sobre o português na Guiné-Bissau?
- Formação de professores de português e de alfabetizadores - formação inicial e em exercício. Aspectos científicos, linguísticos e pedagógicos;
- Acompanhamento pedagógico. Capacitação de professores ao nível das outras regiões do país;
- Educação de jovens e adultos: programas, resultados e perspectivas;
- Política de bibliotecas (bibliotecas virtuais, dinamização na Internet)
- Gestão educacional do multilinguísmo (língua oficial, crioulo, línguas nacionais, línguas estrangeiras). Formulação e acompanhamento das políticas públicas: o lugar dos orgãos estatais guineenses e das parcerias;
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Princípios metodológicos: 1) Criar mesas de trabalho por temas, promovendo a participação conjunta de diferentes entidades (técnicos do ministério da educação, professores guineenses, alunos, representantes de outros projectos/ONG's); 2) Apresentação dos trabalhos e espaço para debate; 3) Apresentação de conferências pontuais; 4) Identificar potenciais projectos (a partir dos trabalhos); 5) Compilação dos trabalhos e esboço dos projectos de pesquisa e desenvolvimento para os anos vindouros.

1 comentário:

Anónimo disse...

Proposta de intercambio postal entre alunos do Brasil e Guiné Bissau


Aos Professores e amigos do Liceu Kwame Nkrumah e também de outras escolas de Guiné Bissau.



Nesta oportunidade tenho a intenção de propor aos professores desta escola uma proposta de intercambio postal entre os alunos brasileiros, da escola em que atuo, e os alunos do Liceu Kwame Nkrumah . Isto posto, com o interesse de aproveitarmos os recursos que a troca de cartas oferece no processo de ensino/aprendizagem dos alunos.

No oficio de professor de História as trocas de correspondências entre os alunos é valiosa para trabalhar a temática de diversidade cultural e , conseqüentemente, possibilitar ao aluno conhecer a história e o modo de vida de outros povos.



Tal projeto pode ser desenvolvido com produção de textos dos alunos, a partir de análise de paisagens de cartões postais e fotografias de sua localidade, com a intenção de apresentar elementos da identidade local aos alunos da outra escola. Esta metodologia de troca de cartas mostrou-se eficaz em outro projeto que desenvolvi no ano de 2007. (disponível no link http://www.youtube.com/watch?v=JC95g14VK1o).



Com isso, aguardo a disposição de voluntários para responder a esta proposta de trabalho e, num segundo momento, entrarmos em mais detalhes nas atividades deste projeto.

Grato



Herivaldo Alves Pereira

endereço eletrônico: her.pereira@hotmail.com


Professor Efetivo de História

Escola Estadual Arlindo Fantini

Presidente Prudente – Estado de São Paulo

Brasil